SEDUÇÃO


Estou aqui de passagem
pois é madrugada
e eu preciso descansar.
Mas a poesia, menina assanhada,
veio me provocar com seus deleites,
seus seios quentes,
seus lábios ardentes
e seu sorriso Afrodite.
É madrugada!
Mas a poesia continua aqui me fazendo mimos,
me envolvendo em utopias,
ela é jovem em estripulias, madura no agir,
e tem as artimanhas de me convencer
a ficar sem dormir.
É madrugada!
Preciso ir...
A cama está de braços abertos
à espera do meu corpo cansado.
Corpo que já está todo esgotado
de tanto ter sido usado
pela menina Afrodite-Diana,
senhora dos poetas noturnos,
a inocente poesia.
É madrugada! E lá vou eu...
com o resto do que restou de mim,
para o regaço de uma saudade sem fim,
de uma tal menina que também se retirou.
É madrugada.
Agora sou eu e meu travesseiro,
o silêncio, meu lençol,
meus pensamentos,
e logo-logo algumas babas.
Boa noite,
o poeta vai se recolher!

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luznaentradadotunel
Enviado por luznaentradadotunel em 07/10/2008
Reeditado em 07/10/2008
Código do texto: T1215264
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