NOSTALGIA

NOSTALGIA

Sou um chaparro

florescendo no fundo de um poço.

Olho para quem?

Será para esta luz reluzindo no céu?

Breve foi o tempo que essa lua,

esse amor, que no Alentejo deixei

se debruçou sobre mim

logo o afastamento para sempre

O gome da espada mais fina,

mais cobarde e mais cruel

cortou em dois esse amor

sincero e puro

Meu coração dilacerado ficou,

e seu sangue continua correndo ainda

volvidos que são tantos anos e tantos anos

Meu pensamento é como a água cristalina

correndo para foz

em busca do mar salgado

onde minhas lágrimas derramadas

irão aumentar essa salinidade

Foi lá, nesse mar salgado

nesses oceanos imensuráveis

que padeci pensando em ti,

porém, lutando contra todas

as adversidades

naveguei em máres calmos

onde encontrei o verdadeiro amor

Foi lá que matei minha nostalgia

encontrando tudo aquilo

que meu coração estava necessitando

com tudo que sempre sonhei e ambicionei

Hoje vivo feliz com dois belos amores

meus dois anjos da guarda

que Deus me concedeu

nesta Ásia exótica e sempre misteriosa

ALENTEJANO ORIENTAL
Enviado por ALENTEJANO ORIENTAL em 07/10/2008
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