NOSTALGIA
NOSTALGIA
Sou um chaparro
florescendo no fundo de um poço.
Olho para quem?
Será para esta luz reluzindo no céu?
Breve foi o tempo que essa lua,
esse amor, que no Alentejo deixei
se debruçou sobre mim
logo o afastamento para sempre
O gome da espada mais fina,
mais cobarde e mais cruel
cortou em dois esse amor
sincero e puro
Meu coração dilacerado ficou,
e seu sangue continua correndo ainda
volvidos que são tantos anos e tantos anos
Meu pensamento é como a água cristalina
correndo para foz
em busca do mar salgado
onde minhas lágrimas derramadas
irão aumentar essa salinidade
Foi lá, nesse mar salgado
nesses oceanos imensuráveis
que padeci pensando em ti,
porém, lutando contra todas
as adversidades
naveguei em máres calmos
onde encontrei o verdadeiro amor
Foi lá que matei minha nostalgia
encontrando tudo aquilo
que meu coração estava necessitando
com tudo que sempre sonhei e ambicionei
Hoje vivo feliz com dois belos amores
meus dois anjos da guarda
que Deus me concedeu
nesta Ásia exótica e sempre misteriosa