olhos brilhantes

curvas que descem e se aproximam

curvas de seios que mexem arfantes

curvas das ancas que me desanimam

pois ignoram meus olhos brilhantes

quanto mais olho, mais ela se afasta

olho a cintura que foge de mim

não vejo os seios, mas o que me basta

é imaginá-los na boca assim

como quem chupa ou morde uma fruta

só pra checar o sabor que ela tem

ou pra acalmar o desejo cruel

e tal é ele que só a força bruta

para explicar à uma fêmea de bem

qual deve ser do seu macho o papel

Rio, 12/09/2008

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 06/10/2008
Código do texto: T1213622
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