olhos brilhantes
curvas que descem e se aproximam
curvas de seios que mexem arfantes
curvas das ancas que me desanimam
pois ignoram meus olhos brilhantes
quanto mais olho, mais ela se afasta
olho a cintura que foge de mim
não vejo os seios, mas o que me basta
é imaginá-los na boca assim
como quem chupa ou morde uma fruta
só pra checar o sabor que ela tem
ou pra acalmar o desejo cruel
e tal é ele que só a força bruta
para explicar à uma fêmea de bem
qual deve ser do seu macho o papel
Rio, 12/09/2008