Tudo arde
A alguém que perdi definitivamente e para sempre nesta madrugada
Poema inspirado em alguns dos meus mestres Portugueses : Variações, David Fonseca, Palma e tantos outros e outras cujas belas palavras moldam toda a minha escrita
TUDO ARDE
Os meus sonhos
E por arrasto
Parte da minha alma
Tudo arde
Na fogueira
Da minha maldição
Ecos dum passado
Com restos do presente
E lampejos do futuro
Tudo arde
Nas mortes
Que nunca param
De bailar em meu redor
Mortes físicas
Ou mentais
Mas mortes
Bem reais
Tudo arde
Fervo de vida
Fiz dela o meu estandarte
Que levo a todos os cantos do mundo
Mas só a demonstro
Fora da minha intimidade
Tudo arde
Nos sentires
E na escrita
Que são o seu veiculo
Para a posteridade
Ardo como sempre
Para sempre
E é essa a minha
Mais crua verdade
Tudo arde
Setembro de 2005
Poema protegido pelos Direitos do Autor