Meu amor

As manhãs, os aromas, abastecem-me

Esqueço as praças, lembro-me das raças

muito afegãs, muito aromáticas

pelas flores do amanhã

Que adornam o meu amor

A luz das nuvens chama e atordoa

mas para que ir para tão distante

além das flores, se nesse instante

minha'lma é borboleta e também voa?

E enchem o ar e são pegas no vento...

Pois você é meu amor

A tempestade casta e trêmula

Seus marulhos e ventos

Seus assentos de pingos

Nas telhas e casas

Para molhar o meu amor

Entrecores,

Entrelinhas,

Entreflores

Repara as pequeninas exigências

de teu círculo

Faz brotar avencas e flores

Faz reviver todas as nossas paixões

Das nossas estações

Pois é imenso o nosso amor

Às vezes lhe conto o por quê do meu silêncio

É que às vezes sou sua e às vezes do vento

Mas você é meu único amor

Em Belo Horizonte, 20 de abril de 2007.

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 05/10/2008
Código do texto: T1213114
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