LUAS! SÓIS! ESTRELAS!

 
Eu arranco a pele pra não me apegar;
Como um bicho em jaula, mudo de lugar.
Deixo o chão bem gasto, vivo a circular;
Em terras distantes, não encontro o ar,

Com frescura e alento para o meu viver.
Louca, vendo os olhos, nego o meu querer
Mas tudo se esvai, por dentro do meu ser;
Esse é meu jejum, a dor de não te ver.

O que n'alma dói, disfarço a sorrir:
Já me apaga a vida e entrego toda a cor.
Se não sei de mim, bem menos do porvir.

Duro é o meu caminho, sem nada a compor.
Luas! Sóis! Estrelas! Devo prosseguir,
Pois na minha pele, está inscrito o amor...

 
Nilza Azzi
 
nilzaazzi.blogspot.com.br