O PASSAR DO VENTO...
Por vales e montes
E alguns mares
Por onde costumo passear
A autonomia da minha visão
Perde-se no etéreo do Teu Olhar
Onde me perdi e afoguei
E mais mil vezes me queria afogar
Quando notei
Que só me restava a nada me agarrar
Nessas noites
Que queria sóbrias
Mas que eram revestidas
Pela capa da mais divina loucura
Ecos de um ser
Que anda de algo à procura
De uma grande queda
De uma janela no céu
Por onde possa cair
Talvez porque tenha um caminho
Já delineado
Mas não me apeteça por ele ir…
Ao Teu Encontro
Ou do meu eco
Penso que nunca irei
Realmente saber
Pois tudo desapareceu
Quando descobri
Que já me era totalmente diferente
Te perder…
Neste pequeno poema de amor
Que escrevo por tédio
Ou para matar um tempo
Que me é tão precioso
Como insignificante
Por vezes
O passar do vento…