Superação

Daqui a diante não vou mais ouvir

Passado morto há de submergir

Seguindo passos já caminhados

Retomarei para novamente sorrir

Direi por quê de eu não rir mais:

Acordo pensando nela toda a vez

Que eu afogo-me em insensatez.

Vou sorrir amanhã, para acalmar-me

Tomarei o meu rumo com calma

Depois de ter esfaqueado minha alma.

Tomo meu próprio remédio calado

Desce como lava, queimando-me

Como pude ter tamanha ingenuidade?

Estava tudo acabado e assassinado!

Meus ossos enfraqueceram e quebraram

De tanto forçar a morte, um pecado!

Terei o que sempre quis, agora posso.

Encontrar alguem que me mereça

Que não faça do meu amor e paixão

Um cemitério abandonado que desapareça

Toda vez que tentarei construir o meu caixão.

És uma maldição, queres me ver feliz.

Não entendo como poderias falar isto

Por que tentou ser o que eu não quis?

Agora quero te esquecer, sem solidão.

Será tudo isso uma paranóia em vão?

Posso parecer um tolo pensando em ti

Mas a felicidade eu agora não vi.

Peço uma gentileza, saia da minha mente

Se podes dizer que o sofrimento é incoerente

Aceite míseras desulpas por ter a envadido

Por um homem que vive assim, deprimido.

Vou mudar isso aos poucos, depois de saber

Que tudo isso era dor de se esquecer

Pois para mim agora é um pleno hábito

De estar pensando somente em sofrer.

Matheus Mendes
Enviado por Matheus Mendes em 04/10/2008
Código do texto: T1210553
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