Saberá?
Sentar em frente à televisão,
Não é como sentar em frente à janela...
Pois não terás em frente a tua visão,
Crianças correndo pelas vielas...
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A vida passa entre estes minutos!
Não... Não ficaste velha, eu sei!
Mas sei que sente uma criança entre os adultos,
E às vezes uma rainha sem rei...
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Então começastes a contar as palavras,
Sem medidas, sem métricas, mas com paixão!
Tentando por ela curar suas escalavras,
E a ausência de um amor perdido em vão...
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Então fizeste da poeira a poesia,
E da poesia fizeste a tua lição...
Amor e paixão, falados por ti com maestria,
Onde palavra por palavra, declaraste tua emoção...
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E mesmo que não retrataste o único, o verdadeiro!
Sei que ele naufragava no seu mar de ilusão...
Tentando esconder o memento derradeiro,
Da sua lágrima fugindo, para ir morrer no chão...
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Mas a poesia é assim, só o poeta reconhece,
E vê sentindo, e sentindo ele pode ver...
Que uma flor nasce, enquanto outra padece,
Mas morrer, não é apenas deixar de viver...
~
Mas e o amor? Ah! Acho que nem eu sei,
Ou melhor, acho que nunca saberei ao certo!
Pois a poesia fala, coisas que não te direi,
E meu corpo também fala, quando tu passas perto...