Numa curva da estrada

Numa curva da estrada...

Vêm-me as narinas os cheiros

Das estradas sinuosas

Vêm-me aos olhos os perfis

Das curvas das portas e janelas

O colorido estonteante das flores

Nunca as vi pelo mundo mais belas

Cavalgando contigo pela cela

De nosso negro corcel

Ainda sinto teu suor pelas costas

E o negror repentino do céu

Paramos em uma curva da estrada

Antes de chegar ao centro de Granada

A tempestade nos invadiu

Por inteiro, molhando nossos corpos

Ainda restam em mim pedaços de ti

Guardados na lembrança dos sentidos

Gravados nos sulcos da alma

Quando a saudade teima em chegar

Gotas de chuva molham-me as faces

E logo a terrível dor se acalma.

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 02/10/2008
Código do texto: T1208212
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