Horizontes de mim
Meus horizontes têm as cores do arco-íris,
sem o cinza do preto e branco
reluz tingindo minh’alma que espera
nos encantos das rimas que em poesia componho.
Revisto-me da criança que sorri brincando
e lanço-me em vôos pelas asas do sonho onde a vida impera.
Pelos quatro cantos de mim sopra o vento anunciando aurora,
nada vê, cega os sentidos em si, o que sou pouco importa.
Abraça-me com as vestes da qual é criado,
completa seu ciclo, gira o mundo que tem em si mesmo,
canta vitória com o fruto bendito que no ventre aporta,
lavam meus pés as águas sacrossantas dos mares onde me tem ilhada.
São meus os horizontes, todos os que tenho criado,
não há noite nos sonhos peregrinos que meus céus desenharam,
escalando as montanhas da sorte, grito meu sim em calado destino,
não há eco no corpo maltrapilho que encontro pelo caminho,
de feno é feita a alma, deslocada nos portos onde naufragaram,
são apenas sobras da história que vive em desatino...
17/02/2006
“Meu silêncio diz mais que qualquer palavra já dita”
“No silencio encontro o eco de tudo o que sempre quis dizer”