A VALSA DOS ANJOS

Embriagado, passeia por entre as mesas

Imersas na penumbra, um foco de luz

Passos hipnóticos formando desenhos

de simetria que marca, apaixona e seduz

A cada movimento dos dois dançarinos

Combinados entre si milimetricamente

Por mais complicado que realmente seja

Começa e termina em sincronia ascendente

Olhares que de repente perpetuam-se

Entrelaçados em uma só coreografia

Deslizam firmes e graciosos pela pista

Num misto estonteante de encanto e magia

Anjos orquestrais fazem fluir pelo salão,

Quais borboletas coloridas, as notas musicais

E como deuses irradiantes, flutuam os dançarinos,

Cintilantes, reluzentes, qual estrelas madrigais