Amor a meia Luz
Do vão da porta, embevecida, a contemplar
Em latente e quase gritante desejo a conter
Rubra camisola, embrulha-me e conduz a amar
Languidez conflitante a destoar do coração a bater.
Assim te vejo em lampejo em meia luz
Que a meia noite protege, transfigura e fascina
Estás próximo, gentil cavalheiro errante, vem e seduz
nEste ingênuo e prazeroso, contexto de menina.
Me entrego em vôos que perseguem e me alucina
Mergulha em mim em aconchego tua máscula ternura
Como verdejante perfume de flores de campina
Incita e nos conduz em perfeito embalo de loucura
Traça completos desenhos ao me tocar
Predileto anseio de uma novidade em mil venturas
Noite e dia, em nosso leito, nos conduz neste caminhar.
A me amar traz efeito, nesse jeito...infinita ternura.