Amor a meia Luz


Do vão da porta, embevecida, a contemplar
Em latente e quase gritante desejo a conter 
Rubra camisola, embrulha-me e conduz a amar
Languidez conflitante a destoar do coração a bater.

Assim te vejo em lampejo em meia luz
Que a meia noite protege, transfigura e fascina
Estás próximo, gentil cavalheiro errante, vem e seduz
nEste ingênuo e prazeroso, contexto de menina.

Me entrego em vôos que perseguem e me alucina
Mergulha em mim em aconchego tua máscula ternura
Como verdejante perfume de flores de campina
Incita e nos conduz em perfeito embalo de loucura

Traça completos desenhos ao me tocar
Predileto anseio de uma novidade em mil venturas
Noite e dia, em nosso leito, nos conduz neste caminhar.
A me amar traz efeito, nesse jeito...infinita ternura.

Eny Miranda
Enviado por Eny Miranda em 01/10/2008
Código do texto: T1206743
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