Pecados nada mais!

Num fundo e negro buraco parece estar minhas insígnias ações,

A coragem a muito se perdeu,

E não há mais nome para meu próprio eu,

Vergonha e desalento são o que restou,

Dum efêmero jovem cheio de confiança,

Hoje torpe e bestial,

Não consegue se arrepender,

Mais indigno dos indignos, eis o que sou,

Triste e doente, nada me importa, exceção feita a Deus,

E então acabo de cometer demagogia,

Escrevendo o nome sagrado,

Mesmo sabendo o quanto estou longe dele,

Mas é melhor mudar o rumo desse texto,

Se não a vergonha se vestirá de lágrimas e

Molhará esse papel antes mesmo da conclusão,

Antes de eu explicar qual é o pecado crucial.

Então vamos lá: O que acontece é que se estou num pântano,

Nas trevas, doente da alma ou do corpo, com dor

Ou qualquer outra mazela, eu ainda encontro refúgio...

Tenho um porto seguro, que me faz por momentos esquecer tudo,

E é só dosar a intensidade do pensamento que sou capaz de sair são e salvo.

Portanto, sempre tenho uma luz no fim do túnel.

Sempre me reencontro, é só chamar, pensar e mentalizar...

Amigo ainda bem que já antecipei minha culpa e meus adjetivos, pois,

Nesses difíceis momentos não é em Deus que me refugio, não é em Deus que penso, não é Deus que eu chamo.

Osmar Marques.

Liomac
Enviado por Liomac em 01/10/2008
Código do texto: T1206595