DESGRAÇADAMENTE APAIXONADO
Depois de uma cusparada violenta em meu rosto.
Depois de ter a blusa rasgada em plena praça.
Eu ví o grande amor que eu sentí se decompondo.
Eu ví a alegria do meu amor por tí, perder a graça.
Depois já em casa, eu comecei a chorar copiosamente.
Tentei deter as minhas lágrimas, mas tudo foi em vão.
Não sei por que você maltrata tanto assim o amor da gente.
Quando eu sei também da angústia que sente o teu coração.
Desesperadamente eu ainda tento te convencer a mudar.
Desgraçadamente eu continuo procurando o teu amor.
Já pedí ao céu, à Deus para te fazer remediar.
E humildemente te esperando eu ainda estou.
Por Deus, eu não consigo tirar você do meu coração.
Por você eu vivo, eu choro, eu morro a cada segundo.
Mas você só maltrata a beleza da minha paixão.
Manaus, 10 de abril de 1992.
Marcos Antonio Costa da Silva