Egoperiférico (por enquanto)
Nos momentos em que a existência reduz-se a nada, nada nos faz sair do complexo êxtase perplexo em que a alma se põe a sofrer.
As distorcidas imagens de sons contorcidos, tudo vindo de um novo fonógrafo, antigo e vivo, dão vislumbres de loucura nos já escassos vestígios de sanidade doentia.
Idéias vagas, náufragas de afeto, vagam direto e reto decerto para perto de qualquer vício sensível e visível possível.
Os efeitos da solidão; as horas que não passam, param para me ver, as lágrimas que não caem, ficam corroendo por dentro...
* * *
É assim, distorcida e vaga,
Uma vida sem paz,
A que este poeta paga
Por amá-la demais.
Eu não lhe exijo tanto
É menos do que você pensa.
Para encerrar-me o pranto
Basta apenas sua presença.
Acredite, o amor só faz sorrir se for recíproco.