OLHOS NOS OLHOS

Em profusa

E prolixa

Confusão

Onde o sonho pode ser Tudo

Demais

Ao ponto de nos perdermos

No meio da multidão

Deixando

De sentir o calor

Das nossas mãos

O escorrer dos dedos

Que se separam

Para ficarem sozinhos

Ou para abraçarem outra união

Difusa

Porque não sabemos

O que iremos encontrar

Se mais dedos para tocar

Ou miríade de um sonho

Que se irá dissipar

Como naquela

Triste e leda madrugada

Onde por um instante fomos tudo

Mas quando a luz nos iluminou

Mostrou

Que fomos um pouco mais

Do que Nada

Mas a natureza

Nunca deixa nada ao acaso

Confere sempre uma utilidade

Mesmo àquilo que parece vão

E aprendi nessa noite

Que o Amor

Mesmo que de horas

É a moeda mais cara do Universo

E quem a teve

Ou a tem

Ganhou o céu

Conquistou a imensidão…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 30/09/2008
Código do texto: T1203654
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