OLHOS NOS OLHOS
Em profusa
E prolixa
Confusão
Onde o sonho pode ser Tudo
Demais
Ao ponto de nos perdermos
No meio da multidão
Deixando
De sentir o calor
Das nossas mãos
O escorrer dos dedos
Que se separam
Para ficarem sozinhos
Ou para abraçarem outra união
Difusa
Porque não sabemos
O que iremos encontrar
Se mais dedos para tocar
Ou miríade de um sonho
Que se irá dissipar
Como naquela
Triste e leda madrugada
Onde por um instante fomos tudo
Mas quando a luz nos iluminou
Mostrou
Que fomos um pouco mais
Do que Nada
Mas a natureza
Nunca deixa nada ao acaso
Confere sempre uma utilidade
Mesmo àquilo que parece vão
E aprendi nessa noite
Que o Amor
Mesmo que de horas
É a moeda mais cara do Universo
E quem a teve
Ou a tem
Ganhou o céu
Conquistou a imensidão…