Abstração
 
 
O amor, (na forja dos corações) tem suas cismas;
Olha nos olhos e procura ter certeza,
Na duvida de sua existência, eclode em rimas,
Aperta o peito, preme clareza;
 
Chora antes o choro;
Da perda que ainda não se perdeu, e no desdouro,
Desta vida de miudezas, o amor é qualquer coisa;
Do sexo ao sortilégio, do refrigério ao adultério!
 
E em dado momento o amor reflete: Sou eu o mesmo amor?
E neste mergulho existencial o amor descobre-se calor;
 
É quando o amor passa a obedecer outras metas
E percebe que em seu entorno, existe muito!... Muito mais!
Que suas querelas existenciais;
E assim, o amor transcende o tema banal
 
Quebrando obstáculos sociais e ais exclusivos
O amor descobre-se; amor terno e amigo
Percebe o poema vociferando os estragos do drama
E acolhe um novo ensimesmar!... Um novo amor surge:
 
O amor sem subterfúgios causais, sem quimeras!
O amor sem sonhos e sem padiolas burlescas
O amor em flor, o amor sem escolhas
O amor sem sacrifícios, o amor sempre sentido
 
E que nunca antes fora permitido!
O amor despido da vergonha. O amor puro
O amor fonte da criação e a ação em si mesmo... Amor!
Semelhante amor; é o mesmo amor de sempre! Nosso Amor...
 
 
 
 
 
 

Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 29/09/2008
Reeditado em 10/08/2010
Código do texto: T1203331
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.