Devoção amorosa
Eu te amo com todo meu ser
Minhas mãos não tocam outra coisa
A não ser teu corpo
Meu coração é teu
Meus olhos só te vêem
Não tenho condição de me doar a mais ninguém
Tomaste meu corpo em uma noite profana
E, não contente, levaste minh’alma contigo
Não sobrou muito de mim senão o sangue
Que uso para escrever tão tortas linhas
As lágrimas que derramo na esperança de que venhas secá-las
E uma saudade que me atormenta
Mas que me deixa mais ansioso
Pela próxima vez que me perderei em teus lábios
Em que as curvas de teu corpo serão minha perdição
Em que o êxtase mostrará que nada é em vão
Nem a espera, nem a entrega total
Me deixaste aqui esperando
Então volta para quem é teu
Sempre foi, sempre fui
Toma teu homem em tuas mãos
E sejamos felizes pelo tempo que pudermos