Comunhão
Sempre observo a comunhão dos fatos , ilusões
que apagam a luz do meu sorriso.
E díficil é definir o quanto iludido, meu corpo perdido
encobre a minha memória em pranto.
Leva-me contigo, não me deixe em desvaneio.
Se sofro por parte, prefiro por inteiro.
Dor benevolente e aguda.
Silenciosa ternura de uma prisão sem grades.
O que eu fiz não sei,
O que deixei talvez saiba.
Mas insisto mais uma vez, prefiro ser condenada.
Que seja dada a sentença.
Sofro, por amor sofrerei,
hoje, amanha, não sei.
Melhor sofrer, do que nada sentir.
Esteja sempre comigo e eu contigo, pequenino.
Presos.
Amarrados no limo escorregadio de dois corpos.
E me guarneça por inteira,
de esperança.
de voltar a amar.