O filho do vento

 

 

Tu és mesmo um sujeito

Corajoso: esqueces de tudo,

Não vês que mores

Cada dia um pouco.

Que vives por amor:

Na tristeza e na dor

Na incerteza do respirar

No desejo da vida,

Na beleza do amar.

 

Revitalizas todos os dias:

No olhar da natureza,

No talento da alegria,

Na certeza do caminhar,

E no desejo do sonhar.

 

És mesmo um sujeito argucioso,

Um ser bondoso, que morrerá

Perdido em alegria,

Embora não sejas ateu,

Sem rezar sequer: Ave-maria!
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 28/09/2008
Reeditado em 29/09/2008
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