O filho do vento
Tu és mesmo um sujeito
Corajoso: esqueces de tudo,
Não vês que mores
Cada dia um pouco.
Que vives por amor:
Na tristeza e na dor
Na incerteza do respirar
No desejo da vida,
Na beleza do amar.
Revitalizas todos os dias:
No olhar da natureza,
No talento da alegria,
Na certeza do caminhar,
E no desejo do sonhar.
És mesmo um sujeito argucioso,
Um ser bondoso, que morrerá
Perdido em alegria,
Embora não sejas ateu,
Sem rezar sequer: Ave-maria!