Mil vezes perdão
Eu irei te guardar por muito tempo em mim
Guardarei a sensualidade morna dos teus lábios
A maciez dos teus cabelos de cetim
Da fonte da tua boca, um rio de águas planas
Aonde minh'alma e minha lingua adormeceram
Em um altar de uma festa profana
No contorno ousado dos teus seios juvenis
Todo um pudor, toda uma sedução dizendo não...
E nas tuas pernas, Ah!, as tuas pernas...
O delírio de cem calabouços
O meu juizo mil vezes perdido, mil vezes a morte
Mil vezes perdão...