Manhã de chuva

Manhã de chuva

Basta despertar

meus olhos mal se abrem

e o pensamento já é você

A saudade é compania

No quintal

A chuva molha o verde das plantas

Molha a calçada

molham também os pardais que arriscam um vôo leve

Aqui dentro

As lágrimas molham meu corpo

Um corpo arrepiado de frio

Arrepiado de tanta saudade

Dizem que a chuva vem pra purificar

pra lavar as coisas

que essas águas me lavem então

Juntamente com tais lágrimas

que já não secam mais sozinhas

Sentimento estranho e imcompleto

é como se tal água não molhasse

não lavasse

Distância que fere

fogo que queima

Por mais que a chuva seja incansável

e transbordem meu rio de lágrimas

é sempre assim

Em breve nasce o sol

Pra secar as coisas

E os pássaros finalmente podem voar

Podem terminar seus ninhos !

((Wall Rodrigues))

Wall Rodrigues
Enviado por Wall Rodrigues em 26/09/2008
Código do texto: T1197872