A UM AMOR QUE MORRE
Quando a hipocrisia e a incompreensão
Sufocam-me, sinto do doce carinho a falta.
Sentindo o rancor e talvez o ódio guardados,
Abraçando-me como uma imensa mata.
Sugando do meu amor sempre ardente
A seiva adulta mas ressentida.
Para na forma de tardia vingança,
Completar seu feito na mesma medida.
Coração onde o perdão não foi sincero
Porque a criação antiga não deixou lugar.
Deu-me brasas e culpas gritando: Liberdade, liberdade.
Ave iludida querendo se vingar.
De minha postura humilde, que
Pedia perdão, por seu inconseqüente caminhar.
Mas era só falsidade nunca houve perdão,
Sua mente tal verdugo não sabe perdoar.
A quem pelas plagas desta vida
Não ligou para um amor frio sem doação.
E para a falta de carinho permanente,
Acreditando que podia amar assim um coração.
E se hoje o fogo se apagou
De um amor que décadas tudo superou,
É que um amor não foi verdadeiro,
Não foi o que comigo ficou.
Que venha o beijo amargo, e pode dar fim a tudo.
Que venha e tome com firmeza a foice.
Corte pela raiz de um golpe só,
Mate um amor que não morreria, preciso fosse
Porque veio debatendo-se pela vida
Mas chegou forte até o tempo presente
Suportando desinteresse, desdém e desamor
Que morra então de um só golpe
Que morra sem importância, finalmente...
Salvador, 24/09/2008
Barret