ENTORPECIDO!
As tuas palavras inebriante criatura
Jorram ópio alucinante de diabruras
Faz-me 'gato e sapato' até a cintura
És o meu vício que traz benefício
Não destrói o corpo ou faz malefício
Como a cocaína, bebida ou o cigarro
Mas não vivo mais sem sonhar contigo
Estás aqui escorrendo pelas veias
É lava vulcânica que tudo incendeia
Desses teus versos poéticos e proféticos
Tanto encantam meus dias antes epilépticos
E agora só você me assalta, acaricia e acalma
Numa volúpia intensa a gritar poemas
Que penetram em meus olhos e inflamam
Ah! Amor... Não sei onde isso vai parar
E nem sei se quero um dia ver cessar
Este sentimento puro, valioso e profundo
Que me cativa e é o mais sincero do mundo
Sem o qual não respiro, aspiro ou só suspiro
A cada vez que a tenho... Toco-a com meu olhar
Foi com você que me tornei um ser bem melhor
Apreendi o tanto quanto a gente pode sonhar
Cada uma das suas estrofes está a me ensinar
A profundidade que se deve e pode almejar
E agradeço a Deus por esta sublime graça
Advinda de uma mulher tão maravilhosa
Logo a um pobre e reles mortal que delira
Sonha, devaneia, balbucia, deseja e sente
Estar vivendo dentro de um conto de fantasias
Onde só uma real expressão define essa magia
Que você veio dos céus pela pureza e inocência
Com a missão de nos mostrar em verso e prosa
Tal qual a Deusa Afrodite vestida no mar de rosas
Perfumando os ambientes como ‘Lady Guinevere’
No imaginário, verdadeiro, pleno, sentido de AMAR!
Hildebrando Menezes