VOCÊ, AMOR, SAIBA QUE . . .

sem você não há vida,

mas sucessivas despedidas;

sem você não há futuro,

mas saudades de não ter;

sem você a mais pálida promessa

é apenas o mais sádico dos sonhos...

e os sonhos pesadelos nus;

assim, não ando, me arrasto

na fronteira entre o bem e o mal;

seqüestro a angústia, me sirvo da tristeza

e respiro este vazio, o amanhã e o nada,

num encontro de almas e de ninguéns...

te aguardo um dia para jantarmos...

eu espero... não como comida fria !

(Tadeu Paulo -- 2008-09-24)