Poema 0612 - Adeus minha amada

Hoje preciso ser inconseqüente,

não sei quantos amores somos,

quero você anjo não muito anjo

em um continuo amar,

até e enquanto temos vida,

amar é a única verdade que sabemos.

Quero ser seu norte mesmo depois,

tenho caminhos a seguir,

descobrimos algumas de nossas fraquezas,

deslizamos pelos labirintos dos desejos,

até quando partir para um dia o eterno continuar,

prometo que voltarei para você,

serei amor para sempre, eu assim prometo.

Ficarei esta noite, por mais um hoje,

não sou seu anjo agora,

ainda aquele amante que muito lhe ama,

não quero apenas uma noite a mais,

somos paixão até que todo universo morra.

Amanhã se não houver sol,

se as palavras não saírem da minha boca,

se meus braços não te abraçarem,

talvez minha alma tenha partido,

voltarei outro dia, em um outro corpo,

vai me reconhecer, amor não esquece.

Amor do meu céu, do meu inferno,

deveria confiar mais neste amante,

não tenho asas, ainda,

mesmo assim viajamos do céu ao inferno,

tudo em nossos gozos da carne.

Não sei quando voltarei, espere um pouco,

pareço louco falando assim,

eu amo, tenho o direito de parecer ridículo,

Amada, ouça-me mais uma vez,

deixo um beijo antes e depois dos seus dentes,

um êxtase solto pelo seu corpo,

algumas marcas de meus dedos,

meu querer meio louco não tem fronteira,

não se preocupe, voltarei em seus sonhos.

Cuida deste amor enquanto vou até o céu,

se alguns reflexos a incomodar,

sou eu passeando pelas estrelas.

Poderá sentir um pouco triste quando eu partir,

morrer não é acabar, volto para ficar eterno,

muito antes te amei, espere, voltarei mais tarde.

06/03/2006

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 06/03/2006
Código do texto: T119400
Classificação de conteúdo: seguro