Deusa-Vaidade
Fizeste em desejos o teu corpo,
qualquer raio bonito que despontasse
era pequeno diante do teu brilho.
Eras como a deusa envaidecida que busca,
entre minúcias, um todo tão belo.
A natureza, entre montes nascendo,
quis ser suave como tu... não conseguiu.
Embora a lua graciosa, pudesse enamorar,
só tu, foste presença em noites claras.
Ah! como eu te desejei
mas como sempre, pus-me a sonhar
deitado em nuvens, com o teu corpo.
Quis sempre dar tempo, esperar...
Palhaço de insônias e desejos,
hoje, a saudade do que não pude...
Longe, mato-me de lembranças infinitas
daquilo, que, abstrato, não vivi.
Só eu parei o tempo e sofri.
Vaidade eterna, segues caminho certo
que eu na incerteza me perdi.
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