Deusa-Vaidade

Fizeste em desejos o teu corpo,

qualquer raio bonito que despontasse

era pequeno diante do teu brilho.

Eras como a deusa envaidecida que busca,

entre minúcias, um todo tão belo.

A natureza, entre montes nascendo,

quis ser suave como tu... não conseguiu.

Embora a lua graciosa, pudesse enamorar,

só tu, foste presença em noites claras.

Ah! como eu te desejei

mas como sempre, pus-me a sonhar

deitado em nuvens, com o teu corpo.

Quis sempre dar tempo, esperar...

Palhaço de insônias e desejos,

hoje, a saudade do que não pude...

Longe, mato-me de lembranças infinitas

daquilo, que, abstrato, não vivi.

Só eu parei o tempo e sofri.

Vaidade eterna, segues caminho certo

que eu na incerteza me perdi.

(Direitos autorais reservados)

Nica Barros
Enviado por Nica Barros em 05/03/2006
Código do texto: T119252