TEMPO, TEMPO, TEMPO...(I)

De aprender

A voltar a andar

Depois de ter caído de tão alto

(do lugar onde pensava tu estares)

Que me esqueci

Até de respirar…

Tempo, tempo, tempo…

De virar as páginas

Carcomidas pela ausência

Do meu livro existencial de recordações

Enchendo o peito de ar

Preparando-me para outros capítulos

Novas aventuras

Para novas sensações…

Tempo, tempo, tempo…

De transformar

A saudade

Num mar de esperança

(e não de luto, como certa saudade impõe…)

Onde costumava

E costumo nadar

Retemperando o corpo

Para a nova espuma dos dias

Renovadas emoções

Tempo, tempo, tempo…

De erguer o meu Castelo de Sonhos

Numa parcela

Do Reino dos Céus

Abrir as suas portas

A todo e qualquer ser que me esima

Em algum lugar do infinito mundo

Porque decidi

Que os vossos sentires

Em parte também devem ser meus

E como sinal de gratidão

Fazer da minha casa a vossa

Dar-vos os meus sonhos

Guardar as minhas lágrimas mais sombrias

Pois acho que tal

É o maior sinal de partilha…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 22/09/2008
Código do texto: T1190817
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