TEMPO, TEMPO, TEMPO...(I)
De aprender
A voltar a andar
Depois de ter caído de tão alto
(do lugar onde pensava tu estares)
Que me esqueci
Até de respirar…
Tempo, tempo, tempo…
De virar as páginas
Carcomidas pela ausência
Do meu livro existencial de recordações
Enchendo o peito de ar
Preparando-me para outros capítulos
Novas aventuras
Para novas sensações…
Tempo, tempo, tempo…
De transformar
A saudade
Num mar de esperança
(e não de luto, como certa saudade impõe…)
Onde costumava
E costumo nadar
Retemperando o corpo
Para a nova espuma dos dias
Renovadas emoções
Tempo, tempo, tempo…
De erguer o meu Castelo de Sonhos
Numa parcela
Do Reino dos Céus
Abrir as suas portas
A todo e qualquer ser que me esima
Em algum lugar do infinito mundo
Porque decidi
Que os vossos sentires
Em parte também devem ser meus
E como sinal de gratidão
Fazer da minha casa a vossa
Dar-vos os meus sonhos
Guardar as minhas lágrimas mais sombrias
Pois acho que tal
É o maior sinal de partilha…