ECOS...

Deitado no chão

De costas para o mar

E olhos no céu

Olho o canto das estrelas

E o brilho sibilino

Das sereias

Desejando

Mentindo descaradamente

Que o Teu sonho

Também seja o meu…

Porque são

Ecos…

Etéreos

Dum passado

Que tinha algo de novo

Um pouco nada puro

Que passou a barreira do presente

E que agora

Se vislumbra

Como um incógnito

Mas sorridente futuro

Nesses

Ecos…

Duma simbiose

Transfigurada osmose

Que desejei

Para os tempos que hão de vir

Embora a máscara

Esteja esborratada

Tu escolheste outro caminho

E Eu Agora

Já sei para onde ir…

Escutando

Ecos…

Cada vez mais longínquos

Cada vez mais distantes

De anjos

Rejubilantes

Que por um segundo

Tomaram o lugar dos meus Planetas

Numa altura

Em que sabia quem Tu eras…

Ouvindo

Ecos…da mais deslumbrante

E fulgurante alegria

Porque redescobri

O meu Deus

A minha família

Amizades

E quem sabe um novo

E incógnito

Amor

Que julgava inexistentes

Que substituíram

A tua sombra

E me dão uma paz

Absoluta

Que sinto

Com a força dos meus átomos

E a minha fé incomensurável

Que estarão

Comigo

Para sempre!

Ecos…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 21/09/2008
Código do texto: T1189587
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