ECOS...
Deitado no chão
De costas para o mar
E olhos no céu
Olho o canto das estrelas
E o brilho sibilino
Das sereias
Desejando
Mentindo descaradamente
Que o Teu sonho
Também seja o meu…
Porque são
Ecos…
Etéreos
Dum passado
Que tinha algo de novo
Um pouco nada puro
Que passou a barreira do presente
E que agora
Se vislumbra
Como um incógnito
Mas sorridente futuro
Nesses
Ecos…
Duma simbiose
Transfigurada osmose
Que desejei
Para os tempos que hão de vir
Embora a máscara
Esteja esborratada
Tu escolheste outro caminho
E Eu Agora
Já sei para onde ir…
Escutando
Ecos…
Cada vez mais longínquos
Cada vez mais distantes
De anjos
Rejubilantes
Que por um segundo
Tomaram o lugar dos meus Planetas
Numa altura
Em que sabia quem Tu eras…
Ouvindo
Ecos…da mais deslumbrante
E fulgurante alegria
Porque redescobri
O meu Deus
A minha família
Amizades
E quem sabe um novo
E incógnito
Amor
Que julgava inexistentes
Que substituíram
A tua sombra
E me dão uma paz
Absoluta
Que sinto
Com a força dos meus átomos
E a minha fé incomensurável
Que estarão
Comigo
Para sempre!
Ecos…