SINTO-ME NOSTÁLGICO QUANDO...(II)
Me arrepio
Com o pensamento
Que em tempos tive
Duma nossa fusão
Onde no mesmo pote existencial
Metia a alma
E o coração
Senti
Que houve uma altura
Em tempos passados
Demasiados presentes
Que via o mundo
Através de Ti…
Te prometi
Levar às mais altas montanhas
Aos oceanos mais profundos
Onde entre limites
Pensava ir celebrarmos
Todo o amor do mundo
Os beijos
Eram a única forma de escrever
Perdendo a lucidez
A independência
E uma certa coerência
Tudo
Para não te perder…
Olho
Fotografias recentes
Que para o meu olhar milenar
Já são velhas
Duma realidade ausente ideal
No típico exemplo
De julgar
Que eras a Tal…
Consigo
Finalmente sorrir
E esquecer velhas feridas
Agora cicatrizes
Do sol que Tu foste
E do qual
Restam
Apenas cinzas…