A minha herança

 

Que rica herança

tu me deixaste, minha mãe.

Não foram alfobres de mel.

Nem cofres de ouro fino.

Nem bragais de noivas.

Que nunca chegaram a noivar.

Nem arcas de tesouro.

Nem faustos, na minha esperança

Nem atavios, de deslumbramentos

Nem chãs de cultivo.

Nem serranias bravias.

Nem pinheirais nas brumas.

Nem bálsamos para os meus tormentos.

Quando te finaste!

Tomei à minha guarda o teu coração.

 Bastião da tua fortaleza e coragem

E carrego-o comigo dentro da minha alma.

 

De t,ta

 

20-09-08

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 21/09/2008
Código do texto: T1189115
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