A minha herança
Que rica herança
tu me deixaste, minha mãe.
Não foram alfobres de mel.
Nem cofres de ouro fino.
Nem bragais de noivas.
Que nunca chegaram a noivar.
Nem arcas de tesouro.
Nem faustos, na minha esperança
Nem atavios, de deslumbramentos
Nem chãs de cultivo.
Nem serranias bravias.
Nem pinheirais nas brumas.
Nem bálsamos para os meus tormentos.
Quando te finaste!
Tomei à minha guarda o teu coração.
Bastião da tua fortaleza e coragem
E carrego-o comigo dentro da minha alma.
De t,ta
20-09-08