Distância má
Aperolado esse beijo que eu te dei
palmeando a felicidade
e, se te amo de verdade,
é assim que desejo
como me pede o coração felicitado.
Voracíssimo, outros desejos há dentro de mim
e é por isso que eu te escrevo assim
esses versos pautados...
no que de mulher meu olho vê
e meu coração sente calado.
Amo-te no silêncio de certa distância
casulosa e forte
em brônzeo impedimento de ir aí buscar-te,
como se para eu te amar,
longe de ti tivesse que ficar sem dar-me.
Um sumidouro presencial a nós a tudo esconde!
Onde estás? Andas por onde?
Sei que teu amor sente-me perto
e, se alguém impede, não é o que eu quero
mas o que de triste assim nos acontece.