SINTO-ME NOSTÁLGICO QUANDO...
A Ti, porque algo ainda subsiste dentro de Mim…
SINTO-ME NOSTÁLGICO QUANDO…
Escrevo no meu quadro preto
De vivências
Gostar
Pois gostei demasiado de Ti
Ao ponto
De imediato
Ter logo de tal apagar
Quando
Faço a conta de
1+1=1
Coisas de poeta
Mentira absoluta
Que no entanto
Fica bem
No meu ar diletante de esteta…
Bebo mais uma cerveja
E mais uma
A seguir a muitas outras
Que ilumino
Com o trivial cigarro
A fazer contas
Ao tal encontro
Ao qual cheguei atrasado…
Acreditei em Ti
Como minha tábua de salvação
No meu oceano de afectos
Quando na realidade
Só servia a Ti
Era teu preferido
E temporário objecto…
Me lembro
Que aprendi a chorar
Sem lágrimas
Ou deitando-as negras
Nesse pensamento absurdo
De olhar o relógio
E pensar o impossível:
“Quando é que Tu chegas?”
Por pensar
Que o amor tem regras
E seguir tal cartilha
Ignorando
Que liricamente
Nada partilhas…
Ao recordar
Nesse tempo louco
Agora passado
Demasiado presente
Que eras o Amor da minha vida
Sendo que na Tua ausência
Não ficaram mais
Do que as triviais
Feridas…
Sinto-me nostálgico…