Andarilho
Vendo-te assim, dou-te todo meu amparo,
preencho os vazios nos espaços que habitei.
Trago-te a esperança recriada nos atos
do corpo em pedaços que um dia amei.
Trago-te luz pela noite que intimida,
germino sementes pelas terras de teu império,
crê somente, tens a vida absolvida
pelas dores já vividas, dou-te agora o refrigério.
Vejo-te, pois, de forma originária
nos campos onde florescem e espalham
tuas sementes gritando vitória.
Crê-me, és anjo andarilho nessa estrada,
trazes rosas às vidas que se mantêm fechadas
temendo os espinhos onde habita toda a glória.
18/02/2006