Momentos de saudades
Eu via no teu semblante respostas minhas guardadas no tempo
No teu corpo minhas duvidas de quanto você era capaz
Nos teus jeitos no teu acalento via minha paz
Suas curvas, nada eram do que as curvas da minha ignorância
De pensar que você sem ganância fosse me trair
Arrependo-me hoje chorando em cima das águas salgadas
Que eu chorei ontem por ti
Mulher que eu tinha sobre mim, agora longe
Mas agora pago meus pecados aos montes
Por te desconfiado de ti, minha mulher
Minha amante, minha consorte, minha morte
No céu olho e vejo seu rosto, sua cara manchada
Pelas nuvens brancas, puras e fadadas a sumirem com o vento
Vejo-me sem temor ou contento
A vida num pensamento de te ter, pensamento longínquo
O que fazer quando a vida por triz esta a perder
Se esvaindo pelos dedos, por um erro banal, de uma pessoa carnal
De gente estúpida e fatal, saudade assassina
De gente na sina da vida contemporânea