A SEUS PÉS

 

Nessa vida de poesia

Senti mares de água quente

E baldes de água fria,

 

Conheci olhos azuis,incomuns,

E olhos negros, do desassossego

Da melanina,

Da mulher madura

E da mulher menina,

 

Conheci o egoísmo

E o desapego,

Aflição, o id e o ego.

 

As pedras de brita e as polidas,

Os seixos gastos de rolados

No fundo de rios

E riachos,

 

As guardas baixas

E as faces escondidas,

Por cicatrizes

E por feridas.

A força bruta
E as alavancas.

 

As sublimações

E as quedas

Nas íngremes subidas

Escarpadas,

E as descidas em avalanche,

Das pedras que se fazem pó

E se enterram no sopé

Aos meus e aos seus pés.

 

 

 

 

José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 18/09/2008
Reeditado em 18/09/2008
Código do texto: T1184847
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