AS COISAS QUE APRENDI...(I)
Numa Era
De vivências
Embora parte delas
Estivessem submersas
Debaixo dum glaciar sensitivo
Inverno de dormência…
As coisas que aprendi…
Depois de ter despertado
Dez mil anos de vida
Sem saber ao certo
Se estarias a meu lado…
Porque sempre tive companhia
Quer de noite
Mas sobretudo de dia
Deixando as trevas
Para as grandes lições
Do cerne da carne
Com interstícios espirituais
Que puseram em causa
Parte dos meus ideais
Para de novo
Surgir o sol
E a sua clarividência
Resgatar o meu ser
Na ressaca das noites
E das tais vivências…
Aprendi
Sobretudo
Que nunca se deve amar
Sem ter correspondência
Que isso é um engano
De evitar repetição
Porque assim se mata a alma
E asfixia
O coração…
Devendo a nossa saga continuar
Para terrenos férteis
Onde depois
Da semente do amor semear
As suas flores e frutos
Numa belíssima colheita
Poderemos aproveitar…
As coisas que aprendi…