A ROSA SINGULAR

Estou lavrando meu amor na superfície de uma noite prateada;

Onde o teu olhar é permanente estrada, onde viaja meu coração;

Que bate forte, sedento por sua estação, querendo o beijo de sua fonte amorenada;

A proclamar seu bem querer por sua diva encantada, ensejo ardente da paixão!

Os muros são pequenos para os saltos desses percursos;

Que faz uso dos mais ousados recursos, pra mergulhar por esses rios indizíveis;

Cenas incríveis seguem brindando o sorrir e pondo fim aos meus soluços;

Quando o olhar é funcionário desses impulsos, até suas alucinações são críveis!

É o débito da natureza com a própria arte, é como a nota singular da egrégia sinfonia;

Essa mulher é a covardia de uma excelsa inspiração que não se duplicou;

As cores n’alma dela somente nela se pintou, cá se manifestou para inebriar a poesia;

Contar seus atributos de vista se perderia, porque foi nela que o alvorecer se inspirou!

Usa de teus encantos anjo meu, e faz um céu no chão sagrado que dividimos;

Pois tua pele me faz mimos, e nela há passeios de desejos que não posso publicar;

Reina sobre mim, ó rainha do meu amar, pois são apaixonantes os teus carinhos;

Dizem que nas flores há espinhos; por isso tu és rosa singular!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 17/09/2008
Código do texto: T1182809
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