Amar

Amar

Amar

Suave medo de perder

Amar

Inesperado adormecer

Sempre a fugir de se explicar

Amar

A solidão igual morrer

Amar

Essa alegria de viver

Quase impossível de se achar

Amar

Que traz ternura e doce à vida

Amar

Da impensável despedida

Um ter mais nada que almejar

Amar

Um transportar num mero abraço

Um levitar do tempo-espaço

A cada encontro, um se perder

Amar

Descortinando o que é viver

Mas se lembrando d´esquecer

Que tudo um dia há de acabar

Não há mais nada além de amar

Não, como há a noite após o dia

Nem dor maior a suportar

Qu´estar, sem sua companhia.

(Djalma Silveira)