Musa
Quanta ousadia, tenho, eu.
Ó poeta fascinante,
Eu quis um dia ocupar,
O majestoso lugar
De tua antiga musa amante.
Só substituir, quiçá.
E tê-lo todo para mim,
Quem sabe, assim,
Meu poeta esquecê-la-á.
De forma rude, intrusa,
Sei não poderei jamais,
Arrancar os teus ais.
E ser tua nova musa...
Abre pois tuas portas
Deixe adentrar tua mente,
Veremos assim se sente,
As ilusões mortas,
Que em teu coração, há,
Revivendo par em par, continuamente,
Até estar apaixonado novamente,
Por uma musa que jamais te deixará..