PINTANDO O VENTO...
Com as cores óbvias
(mas não necessariamente previsíveis…)
Da paleta
Da minha imaginação
Ganhando asas infinitas
Das quais tiro o melhor provento
Aqui estou Eu
Pintando o Vento…
Não conhecendo Escolas
Ou estilos artísticos
Pintando instintivamente
Pinto Deus, o Invisível
E por isso
Essas pinturas
Possuem algo de místico
Algo de sublime
Pois acrescento
Sempre uma cor
Para
O Amor
Esteja ele onde estiver
Mesmo nos Tempos que hão-de vir
Acredito
E acreditarei sempre Nele
Até ao momento
Em que desaparecer
Comigo
Pois nasceu
E me acompanhará
Nesta estranha
Mas portentosa odisseia
Onde quebro as grilhetas
Que certas almas vaticinaram
Como perene prisão
Elas apenas me retardam o voo
Rumo a uma portentosa imensidão…
Da qual sou amo e senhor
Dessa galeria
De quadros imaginários
Que muito pouca gente sabe ver
Só algumas consciências
Que em vez de me temer
Me estimam
Na vã glória
Da espuma dos dias
Nas vitórias
De cada conquistada alegria
Pois sou Feliz Aqui
Na minha Montanha
Onde tudo acontece
Onde tudo deve acontecer
Com cores incontáveis
Muitas delas desconhecidas
Há humanidade
Delineio
Um certo futuro
Do qual me orgulho
Como o mais ilustre rebento
Saudando cada novo dia
Nova noite
Enquanto vou
Pintando o Vento…