PINTANDO O VENTO...

Com as cores óbvias

(mas não necessariamente previsíveis…)

Da paleta

Da minha imaginação

Ganhando asas infinitas

Das quais tiro o melhor provento

Aqui estou Eu

Pintando o Vento…

Não conhecendo Escolas

Ou estilos artísticos

Pintando instintivamente

Pinto Deus, o Invisível

E por isso

Essas pinturas

Possuem algo de místico

Algo de sublime

Pois acrescento

Sempre uma cor

Para

O Amor

Esteja ele onde estiver

Mesmo nos Tempos que hão-de vir

Acredito

E acreditarei sempre Nele

Até ao momento

Em que desaparecer

Comigo

Pois nasceu

E me acompanhará

Nesta estranha

Mas portentosa odisseia

Onde quebro as grilhetas

Que certas almas vaticinaram

Como perene prisão

Elas apenas me retardam o voo

Rumo a uma portentosa imensidão…

Da qual sou amo e senhor

Dessa galeria

De quadros imaginários

Que muito pouca gente sabe ver

Só algumas consciências

Que em vez de me temer

Me estimam

Na vã glória

Da espuma dos dias

Nas vitórias

De cada conquistada alegria

Pois sou Feliz Aqui

Na minha Montanha

Onde tudo acontece

Onde tudo deve acontecer

Com cores incontáveis

Muitas delas desconhecidas

Há humanidade

Delineio

Um certo futuro

Do qual me orgulho

Como o mais ilustre rebento

Saudando cada novo dia

Nova noite

Enquanto vou

Pintando o Vento…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 16/09/2008
Reeditado em 16/09/2008
Código do texto: T1180309
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.