Penses não, amor.

Vem comigo, amor meu.

E sei que me quer também

Tu disseste essa tal palavra

Até a mim mesmo é odiada

Não digas que vá pensar

Pensas não amor meu

Pensar inclina-te a dúvida.

Aqui, agora, negas-te a ela.

Tuas vontades dizem-lhe fidúcia. (certeza)

Sabemos... todo mundo diz:

“_Que o amanhã não nos pertence”

Rogo-te, atenda o sangue que pulsa.

Ajoelhar-nos-emos. Confidenciar-nos-emos.

Se há mesmo o que mais dizer.

Se o amor é tão amor que nós dizemos.

Então, que não o dizemos em palavras.

Que venhamos a falar em língua muda

O idioma que o corpo entende