ROSAURA
Triste não saber da rosa,
rosabarco da ilusão
onde navega a doma do instinto,
rosaespinho da emoção.
Real é o céu palatino,
a dor no dente,
a pouco airosa lente
por onde se vê o mundo.
Triste de quem não sabe
da dulçurosa
rosapousada
na aurora do verbo,
roseira
nos portais do amar.
Navega-me em luz e brilho,
ao rosicler da tarde,
rosaura de beijos e abraços.
– Do livro O POÇO DAS ALMAS. Pelotas: Universidade Federal, 2000, p. 48.
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