ROSAURA

Triste não saber da rosa,

rosabarco da ilusão

onde navega a doma do instinto,

rosaespinho da emoção.

Real é o céu palatino,

a dor no dente,

a pouco airosa lente

por onde se vê o mundo.

Triste de quem não sabe

da dulçurosa

rosapousada

na aurora do verbo,

roseira

nos portais do amar.

Navega-me em luz e brilho,

ao rosicler da tarde,

rosaura de beijos e abraços.

– Do livro O POÇO DAS ALMAS. Pelotas: Universidade Federal, 2000, p. 48.

http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/1179334