SEXTOS SENTIDOS
Os olhos olham
Sem compreender
Aquilo que as mãos
Se recusam a tocar
Se recusam a ver
Porque se há demasiadas coisas
Que escapam à compreensão
Há sempre uma
Empírica
Que nos devolve a razão
De ser
De estar
Um novo fôlego
Para o nosso respirar
Sendo difícil
De conceber
Esse acto instintivo sem o qual é impossível viver
Que se o amor vem do coração
Sentimento natural
Aqui da Terra
Porque é que Ele
Sobe até às estrelas?
Onde ganha corpo
Uma outra dimensão
Para se manter por lá
Ou cair nos abismos
Da reclusão
De não ter sido aceite
E por isso mesmo imortalizado
Nessa lógica
Sem nexo nenhum
De por vezes
Quem mais ama
Não tem esse amor
Resguardado
Bem perto de si
Dentro
E não apenas
A seu lado…
Na impossibilidade meta e física
De dois mais dois
Poderem e deverem serem Um