NÃO SABES
Tu chamas de profundo aquele gigantesco abismo?
É que não podes nem supor todo o afeto que detenho!
Chamas de imenso o impetuoso temporal, que amedronta e desabriga?
É que não sabes da paixão que implode sem pudor dentro de mim!
Tu chamas de ardente o caos a consumir uma grande floresta?
É que ignoras a torrente de desejos que me avassala!
Chamas de infinito o farto endereço dos universos?
É que não percebes e nem presumes o tanto que te amo!