UM ABSURDO AMOR

Cada vez que te olho, eu sou alguém a ver o mar pela primeira vez;

Teu seduzir imobiliza minha sensatez e nas manhãs eu como frutas e loucuras;

Minhas rotinas são aventuras, minha sobriedade é embriaguês;

Deus me criou mas você me refez, contigo até no chão é estar nas alturas!

Nenhum de nossos beijos relembra seu paladar anterior;

A cada dia eu mais e mais estou a descobrir outros fascínios em ti;

Te amo como um sol que a outro vem substituir, assim desfruto teu sabor;

Consigo ser servo e senhor, tenho todos os dias um novo céu pra usufruir!

Tu és a mais maravilhosa novidade dos meus dias;

Fonte das minhas alegrias, paixão de eternas labaredas;

Tuas curvas são afrodisíacas alamedas onde me perco em euforias;

São anos de tantas sintonias, a melhor de todas as veredas!

Nós, que meninos nos achamos, ainda mais nos procuraremos;

Tanto nos amamos e ainda mais nos amaremos, somos fartura de novas fomes;

Temos mais que semelhantes sobrenomes, temos a certeza do que teremos;

Porque toda cena é nova quando nos vemos, e quando quietos somos ciclones!

Por tudo isso eu te declaro que teu lugar em mim já é sagrado;

Minha liberdade é ser teu segregado, quero morrer nos guetos de tua paixão;

Porque desde que me tiraste da solidão, o meu amor te tenho consagrado;

E ele nunca será ingrato, a ponto de te negar meu coração!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 13/09/2008
Código do texto: T1176582
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