UM ABSURDO AMOR
Cada vez que te olho, eu sou alguém a ver o mar pela primeira vez;
Teu seduzir imobiliza minha sensatez e nas manhãs eu como frutas e loucuras;
Minhas rotinas são aventuras, minha sobriedade é embriaguês;
Deus me criou mas você me refez, contigo até no chão é estar nas alturas!
Nenhum de nossos beijos relembra seu paladar anterior;
A cada dia eu mais e mais estou a descobrir outros fascínios em ti;
Te amo como um sol que a outro vem substituir, assim desfruto teu sabor;
Consigo ser servo e senhor, tenho todos os dias um novo céu pra usufruir!
Tu és a mais maravilhosa novidade dos meus dias;
Fonte das minhas alegrias, paixão de eternas labaredas;
Tuas curvas são afrodisíacas alamedas onde me perco em euforias;
São anos de tantas sintonias, a melhor de todas as veredas!
Nós, que meninos nos achamos, ainda mais nos procuraremos;
Tanto nos amamos e ainda mais nos amaremos, somos fartura de novas fomes;
Temos mais que semelhantes sobrenomes, temos a certeza do que teremos;
Porque toda cena é nova quando nos vemos, e quando quietos somos ciclones!
Por tudo isso eu te declaro que teu lugar em mim já é sagrado;
Minha liberdade é ser teu segregado, quero morrer nos guetos de tua paixão;
Porque desde que me tiraste da solidão, o meu amor te tenho consagrado;
E ele nunca será ingrato, a ponto de te negar meu coração!