Resposta a uma poesia triste...

Sei que o verso é de quem o lê,

mas há uma sentida mágoa que se vê...

És meu esteio de alegria e força,

és meu exemplo em minha caminhada:

quando estou em meio aos meus percalços,

é tua lembrança que me arranca ao nada!

Se te entristeces como assim o cantas,

onde buscarei a força? No carvalho?

- Mas ele foi cortado à fogo e dança,

na crueza do mais vil machado...

A quem buscarei, que ombro amigo,

me dará a mão

quando eu caio?

Quem, em sua ternura, brincará comigo?

Que a tristeza que leio seja a minha,

refletida nos teus versos machucados!

Sê forte, busca a alegria,

canta pra mim um verso mais ameno,

que tenha, ao menos, o som da cotovia!

Não me deixes perceber tristeza,

pois o teu arco se retesa e lança,

a mim, mais longe, mais ao alto alcança,

aquela que de ti depende sua força!

Sempre te vi como o gigante amigo,

que não se dobra nem se verga à vida;

- Não permitas que me sinta

sem guarida, ao ler teu verso que me leva a força;

- Pois sem teu cuidado, em quem confiarei?

Sem teu amparo, onde eu irei,

buscar a luz que guia minha vida?

A inspiração que não deixa parar,

quando tudo ao meu redor girar?

- Que a tristeza que leio seja a minha...

- Mas não a tua! Eu estou sozinha!

Quem me empurrará para lutar?...

Preciso agora do Jequetibá

da árvore forte da floresta!

Faltam-me forças... dá-me alegria!

Sem tua força, eu sei, nada seria...

Sem tua sombra, é certo, morreria!...

Por favor, meu irmão e meu amigo:

Brinca comigo como nos tempos de criança:

Dá-me alegria!...

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Obs.: Poesia dedicada ao meu irmão, único e querido irmão, e meu Padrinho! Pena que agora estejamos morando tão longe... pero, la distância non és lo olvido... Bjs, querido!

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 12/09/2008
Reeditado em 12/09/2008
Código do texto: T1174886
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