LIAMES
Esse olhar que do amado chega a mim,
labareda tão viva que me queima,
que desfaz minhas máscaras e, assim,
não permite manter a antiga fleima,
é um olhar tão profundo e me descobre,
põe à vista o que tenho por secreto,
mas me expõe com brandura, em gesto nobre,
a acalmar o meu ser, sempre irriquieto.
Traz a cura de um bálsamo a banhar-me,
doces óleos que afastam meu cansaço...
Mas no olhar que devolvo existe um charme,
há candura e ousadia e nele eu traço
uma ponte, um liame em que, pressentes,
há mensagens cifradas, contundentes.
Esse olhar que do amado chega a mim,
labareda tão viva que me queima,
que desfaz minhas máscaras e, assim,
não permite manter a antiga fleima,
é um olhar tão profundo e me descobre,
põe à vista o que tenho por secreto,
mas me expõe com brandura, em gesto nobre,
a acalmar o meu ser, sempre irriquieto.
Traz a cura de um bálsamo a banhar-me,
doces óleos que afastam meu cansaço...
Mas no olhar que devolvo existe um charme,
há candura e ousadia e nele eu traço
uma ponte, um liame em que, pressentes,
há mensagens cifradas, contundentes.