O AMOR SEGUNDO MYGUEL PATRÍCIO EXUPÉRY...
O amor
Pese embora o seu peso
Paradigmático
E algo
Dogmático…
Não deve ser estático…
Não deve viver
Somente do passado
Por muito sedutoras
Que sejam as suas razões
Motivos
Ou recordações…
Deve ser uma fogueira
Atiçada pela lenha do presente
E por ideias
E sentires
Que tenhamos para ele no futuro
Embora deixar esse passado
Seja por vezes demasiado duro…
Porque se não o fizermos
Estaremos a morrer
Praticamente a partir do momento
Em que ele
Calhou em nós aparecer
Temos que banir dele
O que podermos do tal passado
Devemos explorar
Os dias em que vivemos
E que pensaremos viver
Pois é essa a única forma possível
De manter a Eterna Chama
A arder
E sobretudo
Não o devemos temer
Temos esse imperativo categórico
De abandonar antigos
E sofridos sofismas
Insuflando-lhe a novidade
Para ele ser possível
Manter aberta a porta
Do coração
E da alma
Pois
Nunca sabemos
Quando ele
Irá aparecer
Manter o espírito
Aberto
Para ele nascer
Crescer
E prosperar
Pois essa é a única forma
Dele nos encontrar
E jamais
Abandonar…
O Amor segundo Myguel Patrício Exupéry…